No início do século XVI os Ingleses começaram os primeiros esforços para colonizar a América.
Os colonos Ingleses à semelhança dos Espanhóis, trouxeram consigo seus cães para auxiliar na conquista da nova terra.
Logo que se estabeleceram, os novos imigrantes voltaram a praticar seus passatempos favoritos de Bullbaiting, Cockfighting (briga de galos) e Dogfighting.
Quando os Estados Unidos da América se tornou uma nação independente (1776), as duas principais vertentes do Bulldog, a Espanhola e a Inglesa já haviam se espalhado pelas 13 colônias existentes, e a criação de animais de combate havia se tornado parte da cultura nacional.
O combate canino se tornou um esporte popular
As famílias se orgulhavam de ter o “cão mais valente do bairro”.
Com o passar do tempo os combates caninos se tornaram eventos públicos frequentados por vários setores da sociedade que incluíam políticos, militares e homens de negócio.
Os anos dourados
O período entre 1850 e 1950 foi o apogeu dos cães de combate na América. O cão dos pioneiros agora conhecido como American Pit Bull Terrier nos USA e Staffordshire Bull terrier na Inglaterra, tornou-se símbolo dos valores que fundamentavam a jovem nação americana.
Pilot tornou-se uma celebridade americana após vencer o famoso cão de Louis Krieger, Crib em outubro de 1881. Houve uma grande repercussão na época pois o desafio foi publicado em um jornal popular chamado Police Gazette.
O combate durou 1 hora e 25 minutos com uma bolsa fixada em $ 1.000, uma bela quantia na época.
É possível observar pela foto que naquele período o Staffordshire Bull e o American Pit Bull compunham um mesmo grupo de cães de combate.
Anúncios da época
Haviam propagandas em jornais e revistas oferecendo filhotes e coberturas dos campeões famosos.
Nasce um pioneiro
Em 15 de Janeiro de 1875 nascia um homem cujo nome tornou-se sinônimo do American Pit Bull. John Pritchard Colby foi provavelmente a pessoa que mais influenciou a criação dos APBTs na América.
Seus antepassados haviam se fixado na cidade portuária de Newburyport, Massachusetts nos anos 1700.
Foi nessa cidade portuária, que o jovem descendente de Galeses, ouviu pela primeira vez da boca dos velhos imigrantes Ingleses e Irlandeses , relatos sobre a bravura dos cães e aves de combate.
O jovem Colby tornou-se obcecado por esses valorosos animais desde a sua mais tenra idade. E foi aos 11 anos de idade que ele ganhou seu primeiro pit bull.
Segundo Louis B. Colby, seu filho, J.P. Colby jamais trabalhou um dia sequer para outro homem, mas desde cedo conseguiu seu próprio sustento da criação de cães e aves de combate, atividade com a qual conseguiu manter sua esposa e sete filhos mesmo durante a grande depressão americana (1929).
A linhagem Colby se desenvolveu a partir de cães Ingleses e Irlandeses cuidadosamente escolhidos. Seu filho Louis Colby conta que ele procurava e negociava com imigrantes que chegavam de sua terra natal trazendo algum animal.
Alguns cães da linhagem Colby que fizeram história
Anúncio da época oferecendo cães da linhagem Colby. Em uma parte do anúncio lê-se ” É fácil produzir cães bonitos e bons lutadores, mas é preciso um cão game para se vencer”.
Após a morte de J. P. Colby em 1941, seu filho, Louis B. Colby assumiu a criação dos cães dando continuidade ao legado da família até o seu falecimento em 10 de Julho de 2011.
No ano de 1997 Louis B. Colby publicou um livro em co-autoria com Diane Jessup.
A lendária linhagem Colby conta atualmente com 127 anos de seleção de cães reconhecidos mundialmente por sua conformação, temperamento e gameness.
Trajetória do APBT na América
Aqui mais algumas fotos antigas que demonstram a trajetória do APBT na América.
Fim da segunda parte.