A decadência das raças
A decadência das raças

Algo que muitas pes­soas descon­hecem é o fato de que houve um tempo na história onde não exis­tiam os cães de “raça pura”.

Nessa época somente haviam “tipos” de cães que eram sele­ciona­dos de forma a realizarem  as mais difer­entes tare­fas como:

  • Con­duzir e pro­te­ger reban­hos
  • Caçar ani­mais
  • Guardar aldeias e acam­pa­men­tos
  • Lutar em batalhas e até na tração leve

Foi com o pas­sar dos sécu­los que o homem foi sele­cio­nando esses “tipos” até o ponto de esta­b­ele­cer padrões escritos que deter­mi­navam car­ac­terís­ti­cas especí­fi­cas como:

  • Pelagem
  • Peso
  • Altura
  • Andadura
  • Mord­e­dura
  • Inserção de cauda, de orel­has etc.

Daí sur­gi­ram as “raças puras” com seus nomes especí­fi­cos, clubes e criadores.

Porém a medida que a humanidade foi se desen­vol­vendo tec­no­logi­ca­mente, com o advento da rev­olução indus­trial e o surg­i­mento dos grandes cen­tros urbanos, o uso do cão e suas funções foram mudando dras­ti­ca­mente ao ponto de algu­mas raças desa­pare­cerem e out­ras ficarem à beira da extinção.

A cinofilia mod­erna se encar­regou de preser­var as raças por meio de com­petições onde os cães são jul­ga­dos para se deter­mi­nar qual o mel­hor exem­plar, o que mel­hor se encaixa no padrão específico.

Só que essas com­petições acabaram virando um con­curso de beleza sem se pre­ocu­parem em tes­tar as habil­i­dades de cada exem­plar den­tro de sua função orig­i­nal.

Ou seja, cães pas­tores já não pre­cisavam provar sua habil­i­dade com reban­hos, os cães de caça não pre­cisavam mais caçar, e os de guarda não pre­cisavam demon­strar nen­huma aptidão em pro­te­ger seu dono.

Na ver­dade, nesse caso em especí­fico, um cão do grupo de guarda que  demon­stre agres­sivi­dade quando manip­u­lado pelo juiz da exposição é ime­di­ata­mente reti­rado de pista e desclassificado.

E o pior, foram surgindo os mod­is­mos com seus exageros.

Os bas­sets com per­nas cada vez mais cur­tas e orel­has cada vez mais com­pri­das, os bull­dogs com o focinho cada vez mais achatado, os sharpei com a pele cada vez mais enrugada, os mas­tiffs com a cabeça cada vez maior, dogues alemães cada vez mais altos e por aí vai.

Com essa prática, os “amantes de cães” foram dete­ri­o­rando raças que hoje são só uma car­i­catura dos cães do passado.

Vejam essas fotos que sep­a­ramos para ilus­trar o triste estado em que se encon­tram algu­mas raças do grupo de guarda.

Mastim Napoli­tano

 

Dizem os cri­adores de Mastins Napoli­tanos que eles foram usa­dos como cães de guerra e até no Col­iseu. Olhando essas fotos eu acredito.

mastim-napolitano

Agora olhem só… Isso é o que sobrou dos “cães de guerra”

mastim-napolitano-novo

Isso é uma piada de muito mau gosto!!

Se isso aí é um cão de guerra, eu sou vol­un­tário para entrar na arena com um desses.

Se ele con­seguir:

  1. Me enx­er­gar
  2. Me alcançar
  3. Con­seguir achar a própria boca no meio de tanta pele solta para con­seguir me morder

Que ver­gonha!

Como per­mitem os clubes cinó­fi­los ani­mais como esses par­tic­i­parem de exposições de cães?!

Isso é na ver­dade maus tratos aos animais!

Mas­tiff Inglês

 

Esses cos­tu­mavam ser cães valorosos.

Mastif-ingles

Agora pare­cem ser só capazes de “car­regar a cabeça do prato para a cama”.

Mastif-ingles-novo

Dogue Alemão

 

Olhem esses Dogues Alemães da antigu­idade… que ani­mais magníficos.

dogue-alemao

Mas olhem o que a ignorân­cia e os mod­is­mos con­seguem fazer…

dogue-alemao-novo

Os pobres cães são do tamanho da estu­pidez dos seus criadores!

Pastor Alemão

 

Os cães pas­tores alemães, fruto da seleção do capitão Max Von Stephanitz só não acabaram com­ple­ta­mente porque existe uma lin­hagem de tra­balho que estava guardada no leste europeu antes da queda do muro de Berlin.

Mas a cri­ação oci­den­tal está toda comprometida.

Esses foram os cães de pas­tor alemão da história.

pastor-alemao

E agora o que sobrou…

pastor-alemao-novo

Tudo isso é uma aber­ração, um circo de horrores.

Pode­ria mostrar mais exem­p­los mas, CHEGA!

É muito triste na ver­dade. Acho que já foi o sufi­ciente para ilus­trar o meu ponto.

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